A construção contou com o apoio de várias entidades e dos próprios internos. Cerca de 30 presos do sexo masculino, voluntariamente, atuaram nas obras do berçário e da escola durante 1 ano.
Seis mães, que deram a luz dentro da unidade, já estão sendo beneficiadas com a construção do berçário. O espaço, anexo ao pavilhão feminino, foi mobiliado com berços, camas, cômodas, sofá, brinquedos e banheiro privativo.
A educação das internas também será aprimorada com a nova estrutura. A Escola Feminina do Conjunto Penal de Feira de Santana possui 4 salas com capacidade para 20 internas cada. A estrutura funciona nos três turnos, e são oferecidos cursos do ensino fundamental, médio, reforço escolar e cursos voltados para o ENEM. O corpo docente é formado por professores da rede estadual de ensino do Colégio Paulo XI, em face da parceria da Seap com a Secretaria de Educação do Estado.
O deputado estadual, Zé Neto, ressaltou a importância de ações como essa para humanizar o sistema e principalmente, as pessoas que estão inseridas nele. “Eu acho que isso é humanizar. Temos que pensar no ser humano e ter mais amor por causas como essa”, destacou.
O parlamentar ressaltou ainda que os internos precisam de mais atenção e carinho para que, após o cumprimento da pena, pensem num mundo com mais respeito, com mais responsabilidade e cidadania porque assim vamos conseguir alcançar o objeto desse sistema que é humanizar”, concluiu.
O superintendente de Ressocialização Sustentável da Seap, Luís Antônio Fonseca, agradeceu à todos os envolvidos. “Nosso muito obrigado a cada pessoa que se dedicou na realização desse sonho. O crime não compensa, ele tem que ser exceção pois a regra é o homem de bem e a liberdade. E estamos aqui para ajudar essas pessoas”, afirmou.
Além de agradecer a dedicação de todos os servidores e entidades que contribuíram de alguma forma com as construções inauguradas nesta manhã, o secretário Nestor Duarte destacou a importância dessa ação para a efetiva reintegração dos internos à sociedade. “Compreender as pessoas privadas de liberdade, que buscam uma desvinculação do crime e uma vinculação a sociedade civil organizada, é muito importante. Hoje, entregamos um berçário pequeno mas que demonstra o tamanho do carinho e do amor dos nossos servidores e parceiros para com os internos e internas dessa unidade”,
O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, Cap. Allan Araújo, considerou as inaugurações como um grande marco na unidade no sentido de incorporar noções e valores ligados ao reconhecimento da pessoa humana e a inclusão social. “Vamos cultivar, cada vez mais, a ideia de que a valorização pessoal e a humanização da pena é o caminho para a ressocialização”, enfatizou o diretor.
Ações ressocializadoras
Atualmente, o CPFS oferece aos internos diversas oportunidades laborativas e educacionais. Mais de 100 internos trabalham na própria unidade e em empresas parceiras do sistema penitenciário.
Atualmente, a entrega das refeições e os serviços gerais do CPFS, por exemplo, são desenvolvidos por internos contratados na unidade. Outra parte dos internos, trabalham em empresas como G-Light, OL Papéis, Habitec, entre outras.
Além disso, cerca de 350 internos da unidade estão matriculados no Colégio Paulo VI e/ou em cursos de capacitação, desenvolvidos numa parceria da Seap com o Sesi.