Ação voluntária na Colônia Penal de Simões Filho concorre ao prêmio Innovare

A união do conhecimento jurídico e o voluntariado de um policial penal tem transformado a realidade dos internos da Colônia Penal de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Homens privados de liberdade, condenados pela justiça e cumprindo pena, enfrentavam dificuldades no acesso à assistência jurídica e demandavam necessidade de conhecimento das questões relacionadas à vida carcerária. Foi quando o policial penal Amarildo Monteiro, formado em Direito, passou a prestar voluntariamente consultoria jurídica à Unidade e aos reeducandos. A iniciativa, que conta com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), tem como objetivo observar e sinalizar à justiça os casos em que hajam irregularidades processuais e esclarecer para o interno em que momento se encontra o seu cumprimento de pena. Amarildo realiza o levantamento da situação de cada um dos internos, apresenta para eles o tempo de pena cumprido e quanto falta para progressão de regime, até chegar à tão sonhada liberdade. O resultado desse trabalho reflete diretamente na ressocialização dos apenados, que após tomarem ciência da própria situação penal, se automotivam à participação nos projetos de educação e trabalho, para remição de pena. A iniciativa deu tão certo, que a Unidade resolveu inscrever o projeto no Innovare, prêmio nacional que tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil. Essa semana a Unidade recebeu um dos representantes do concurso, que acompanhou de perto a assistência jurídica gratuita prestada pelo Policial Penal aos internos. Essa etapa da visita dos consultores é classificatória para a grande final. Os finalistas premiados da edição serão revelados ao público no fim do ano, em cerimônia no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.