Capacitação, horta, corte e costura e artesanato envolvem mais de 90 internos e reforçam política ressocializadora da Seap
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) segue investindo em projetos que ampliam as oportunidades de formação, responsabilidade e reintegração social das pessoas privadas de liberdade na Bahia. No Conjunto Penal de Valença, diversas ações de trabalho e qualificação profissional vêm sendo desenvolvidas de forma contínua, envolvendo mais de 90 internos em atividades que unem aprendizado, disciplina e impacto social.
Trabalho de Construção Civil
A construção civil é uma das principais frentes de trabalho da unidade. Atualmente, 16 internos participam da atividade, selecionados com base em critérios como comportamento, responsabilidade e aptidão técnica. Sob orientação de profissionais capacitados, eles desempenham funções de pedreiro e pintor, realizando serviços de manutenção, reformas e pequenas obras em áreas internas e externas do presídio.
O projeto garante capacitação profissional, amplia as perspectivas de empregabilidade e contribui diretamente para a melhoria estrutural da unidade. Além disso, promove senso de responsabilidade, disciplina e valorização do esforço pessoal — elementos fundamentais para o processo de ressocialização.
Horta com Destinação Social
A horta da unidade envolve 6 internos e produz alimentos como alface, cebolinha, couve, abacaxi, milho e aipim, além de hortaliças que ajudam a Bahia a sair de vez do mapa da fome. A ação também oferece aprendizado agrícola e rotina organizada de trabalho, a produção tem um importante papel social, sendo destinada a instituições da região:
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
Lar dos Idosos – Casa Francisco de Assis
Instituto MUTA, que atua com crianças, adolescentes e jovens em iniciativas socioeducativas e culturais
(Institituições cadastradas no programa do Governo da Bahia - Bahia Sem Fome)
Corte e Costura
O setor de corte e costura tem capacidade para envolver 11 internos. Atualmente, são produzidos os uniformes utilizados pelos custodiados, e há possibilidade de ampliar a fabricação para fardamentos do Corpo da Guarda. A unidade também doa uniformes para outros presídios, tornando o trabalho parte de um circuito produtivo que beneficia todo o sistema prisional.
A atividade combina qualificação técnica, organização e estímulo ao trabalho coletivo, além de contribuir para a autossuficiência da unidade.
Artesanato
O artesanato é a atividade com maior participação: 60 internos produzem peças diversas, mesmo sem instrutor formal. Os próprios internos atuam como multiplicadores, compartilhando técnicas e auxiliando quem deseja aprender.
Embora haja uma sala específica para a atividade, o espaço é insuficiente para atender toda a demanda. Para garantir o acesso, a unidade disponibiliza materiais especialmente para internos que não recebem visitas, assegurando inclusão e continuidade do trabalho.
A prática desenvolve criatividade, reduz o estresse, amplia vínculos positivos e ajuda na construção de novas perspectivas de vida.
Seap - promovendo um sistema prisional mais justo, eficiente e, principalmente, mais humanizado.
NUCOM/SEAP Fotos: Wilton Diniz