Seap e seu Escritório Social realizam evento em prevenção ao suicídio como parte das diversas atividades do Setembro Amarelo.

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Seap e seu Escritório Social realizam evento em prevenção ao suicídio como parte das diversas atividades do Setembro Amarelo.

A Seap através do Escritório Social da Bahia, Tribunal de Justiça da Bahia e Conselho Nacional de Justiça, realizou um evento de campanha de prevenção ao suicídio destinado ao acompanhamento de Egressos do sistema prisional baiano e seus familiares. O evento realizado no Instituto Anísio Teixeira (IAT), no último dia (24).

O Setembro Amarelo no Brasil, foi criado em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria(ABP).

A solenidade contou com a presença de 100 convidados, Autoridades do executivo, judiciário, sociedade civil, estudantes, usuários do Escritório Social (egressos e familiares), comunidade científica e cinco palestrantes (George Mariane, Cláudia Vaz, Maíra Cerqueira, Paula Caldas e Cleberson Alves).

Foram abordados temas como Espiritualidade e Saúde Mental, Impacto na Saúde Mental de egressos do sistema prisional e entendendo o suicídio. Além das palestras foram desenvolvidas ações de mobilização para tratar temas como a pobreza menstrual no Corredor de arte do IAT.

Paula Caldas, mestra em saúde coletiva pela UNEB, especialista em saúde mental e atenção psicossocial foi uma das palestrantes, abordou sobre os mitos em relação ao tema do suicídio, ressaltando a importância de conhecê-los para poder identificar sinais e ruídos de alerta causados por pessoas que pensam ou planejam o suicídio podem emitir. Além disso, pontuou a importância da luta por políticas públicas efetivas e por um sistema único de saúde resolutivo, com investimento na Rede de Atenção Psicossocial, visando que os serviços, de fato, consigam atender e acompanhar as pessoas que necessitem deles.

Dr. George Mariane PhD PICS e Dr. Em Patologia humana informou que as Práticas Integrativas e complementares em Saúde (PICS), são incentivadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério de Saúde (portaria 971 de 03 de maio de 2006 do MS). Compreende-se que a medicalização e a forma de atendimento médico na perspectiva alopática exclusiva não solucionam tudo que se manifesta no corpo físico, emocional, mental e espiritual das pessoas que se apresentam vulneráveis. Desta forma, as PICS promovem uma intervenção de saúde assentada em uma tecnologia leve, que ancora a perspectiva da integralidade do ser no mundo, reconhecendo suas subjetividades, pautando uma abordagem cuidadosa em comunhão com a expressão da interioridade dos sujeitos e sua relação dialética social. Tendo em vista esses pressupostos a divulgar a existência dessa tecnologia de atenção, torna-se um princípio de equidade para que mais pessoas possam usufruir da potência das PICS em suas realidades. Em um momento de mundo que vivemos uma convulsão social, com tantos desmandos, aprofundado com uma condição sanitária de pandemia, a percepção de um desgosto pela vida, sobrevoa as mentes humanas, podemos ser gatilhos para ideações e ato suicida. Essa realidade reforça a necessidade de ampliar nossa consciência para nos proteger desses caminhos tortuosos e elaborar nesse novo “ZEITGEIST”, termo em alemão que fala de um novo espírito do tempo, uma oportunidade de autovalorização, autoconhecimento, muitas vezes codependente de um apoio social de instituições que tem essa necessidade em sincronicidade dentro de sua agenda, como é o caso do Escritório social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas. A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.

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