Operação “A La Carte” desarticula esquema de entrada clandestina de drogas, armas e celulares no Presídio de Salvador

Gestão Prisional
Operação “A La Carte” desarticula esquema de entrada clandestina de drogas, armas e celulares no Presídio de Salvador

Nesta sexta-feira, foi desencadeada a operação de Inteligência denominada: À LÁ CARTE. A ação contou o cooperação dos órgãos SGP/SEAP, Ministério Público (GAECO e CSI) e Polícia Militar (Rondesp Central, Batalhão de Polícia de Guardas e Batalhão de Polícia de Choque). A operação visava coibir a entrada de ilícitos no Prisional Presídio Salvador e, por isso, realizou-se o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão na unidade. 

Através de inspeções periódicas na unidade, realizadas pelos agentes penitenciários, a direção do presídio percebeu a entrada de materiais ilícitos no presídio. Estiveram envolvidos na ação: a Direção e agente penitenciários do Presídio de Salvador, 12 Agentes de Inteligência da COORDIP, 05 Promotores de Justiça do MPBA, 03 Guarnições da Rondesp Central, 25 policiais do BpCHQ e 01 Equipe do BPGDA.

Foram cumpridos mandados de prisão temporária expedidos contra Emerson Cordeiro Felipe, funcionário terceirizado da empresa que presta serviços de alimentação na unidade prisional, e contra Jeferson Jesus da Costa, conhecido como “Leôncio”, interno do estabelecimento penal.

O auxiliar de cozinha Emerson é suspeito de repassar o material ilícito para o custodiado “Leôncio”, apontado como uma das “lideranças” do Presídio de Salvador e também como articulador da entrada clandestina de drogas, armas e aparelhos celulares na unidade, utilizados para as ações de uma das principais facções criminosas em atuação no Estado da Bahia. As investigações indicam que Emerson se valia da função exercida para introduzir os materiais ilícitos no ambiente carcerário, já tendo inclusive prestado semelhantes serviços a outros membros do mesmo grupo criminoso.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Emerson, em Salvador, no alojamento que o mesmo ocupava na unidade prisional e na cela habitada por “Leôncio”. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Salvador. Na residência, foram encontradas armas cortantes, como peixeiras e facas, celulares e carregadores. 

Segundo a coordenadora do Gaeco, a promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi Meira, o funcionário recebia cerca de R$ 1 mil reais por semana para adentrar ilegalmente com o material e repassá-lo.

De acordo com o Superintendente de Gestão Prisional da Seap, Major Júlio Cesar, essa operação busca fortalecer o sistema de defesa social, com a articulação das instituições.